fico me perguntando o porquê de tudo isso. desse
apego teimoso, do desejo de me segurar a coisas que não fazem mais sentido. do medo
de abrir mão, deixar pra lá, permitir que a dor doa e que o vazio abra portas
para novos dias, novos medos e novos passos.
despedidas sempre foram o meu ponto fraco. existe
algo especialmente romântico em mim que acredita que o momento final dá o tom
pra toda a história. que o último olhar, o último sorriso e até a última lágrima
formam a trilha sonora que continua tocando, mesmo depois que o filme já
acabou.
encontro-me agora com o desafio de partir sem dizer
adeus.
de ir embora em silêncio, pelas portas do fundo, a
francesa.
e o nosso final?