quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

cotidiano

todo dia ela faz tudo sempre igual.
sempre correndo, sempre atrasada, sempre atrás de alguma coisa a mais.
confundindo seus passos, tropeçando entre as escolhas, seguindo as placas que indicam o melhor caminho.
procurando amparo, procurando acertar.

quem inventou essa pressa, essas regras, a milícia do dia a dia?
onde está a garantia da exatidão?
quem te disse que precisa dar certo todas as vezes?
o que pode ser tão urgente assim?

seres imperfeitos que vivem o penoso ofício de buscar a perfeição.
eliminar os erros, extinguir hesitações, viver sem incertezas.
doce ilusão, ingênua pretensão essa nossa.

o mundo é muito maior do que você.
abre a cabeça.
esquece isso, tudo isso.
respira.

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